Primeiro-Ministro visita trabalhos de construção da nova central de biomassa da Caima

17 mar 2023

António Costa esteve na unidade de produção de fibras celulósicas da Caima, do Grupo Altri, para ver in loco o progresso na construção da nova central de biomassa, um projeto que conta com o financiamento do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).


Acompanhado por Paulo Fernandes, Vice Presidente do Conselho de Administração do Grupo Altri, José Soares de Pina, CEO da Altri, e por Raquel Almeida, Diretora industrial da Caima, o Primeiro-Ministro salientou o trabalho já realizado na nova central, no âmbito do projeto “Caima Go Green”. “Está concluída? Não. Está em marcha e vai estar concluída a tempo e horas”, afirmou.


A nova caldeira, que deverá estar concluída e operacional no final deste ano, representa um investimento total superior a 40 milhões de euros, um dos maiores no interior do País, contando com o financiamento do PRR. “Estamos na fase interessante das Agendas Mobilizadoras, a fase da execução”, acrescentou António Costa, sublinhando a execução do PRR.


Através deste investimento, “a Caima vai passar a ser a primeira fábrica de fibras celulósicas na Península Ibérica e uma das primeiras na Europa a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis”, afirmou José Soares de Pina, CEO da Altri.


A nova central vai aumentar a capacidade de produção de energia a partir de biomassa florestal residual da Caima, permitindo responder à totalidade das necessidades de energia térmica da fábrica e ainda reforçará a injeção de energia verde na rede energética.


Perante uma plateia onde estiveram António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Pedro Cilínio, secretário de Estado da Economia, mas também Luís Guerreiro, Presidente do IAPMEI, Pedro Dominguinhos, Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, e Sérgio Oliveira, Presidente da Câmara de Constância, António Costa destacou a Caima como exemplo de descarbonização, mas também de inovação.


A Caima verá reforçada a sua capacidade de produção, bem como será possibilitada a valorização de resíduos, produzindo ácido acético e furfural para indústrias como, entre outras, a dos cosméticos, “numa lógica de economia circular”, notou o Primeiro-Ministro, salientando a referência que é o Grupo Altri neste domínio.


Este é um grupo para quem a floresta tem valor é que dá valor á floresta”, acrescentou o Chefe do Governo, notando a necessidade de se aumentar a resiliência da floresta portuguesa. E para isso, ter uma fábrica como a da Caima, que conta já com mais de 135 anos, dá uma importante ajuda no sentido em que é feita também a utilização da biomassa residual. “Com a valorização da biomassa protegemos a nossa floresta”, rematou.