António Costa esteve na unidade de produção de fibras celulósicas da Caima, do Grupo Altri, para ver in loco o progresso na construção da nova central de biomassa, um projeto que conta com o financiamento do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
Acompanhado por Paulo Fernandes, Vice Presidente do Conselho de Administração do Grupo Altri, José Soares de Pina, CEO da Altri, e por Raquel Almeida, Diretora industrial da Caima, o Primeiro-Ministro salientou o trabalho já realizado na nova central, no âmbito do projeto “Caima Go Green”. “Está concluída? Não. Está em marcha e vai estar concluída a tempo e horas”, afirmou.
A nova caldeira, que deverá estar concluída e operacional no final deste ano, representa um investimento total superior a 40 milhões de euros, um dos maiores no interior do País, contando com o financiamento do PRR. “Estamos na fase interessante das Agendas Mobilizadoras, a fase da execução”, acrescentou António Costa, sublinhando a execução do PRR.
Através deste investimento, “a Caima vai passar a ser a primeira fábrica de fibras celulósicas na Península Ibérica e uma das primeiras na Europa a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis”, afirmou José Soares de Pina, CEO da Altri.
A nova central vai aumentar a capacidade de produção de energia a partir de biomassa florestal residual da Caima, permitindo responder à totalidade das necessidades de energia térmica da fábrica e ainda reforçará a injeção de energia verde na rede energética.
Perante uma plateia onde estiveram António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Pedro Cilínio, secretário de Estado da Economia, mas também Luís Guerreiro, Presidente do IAPMEI, Pedro Dominguinhos, Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, e Sérgio Oliveira, Presidente da Câmara de Constância, António Costa destacou a Caima como exemplo de descarbonização, mas também de inovação.
A Caima verá reforçada a sua capacidade de produção, bem como será possibilitada a valorização de resíduos, produzindo ácido acético e furfural para indústrias como, entre outras, a dos cosméticos, “numa lógica de economia circular”, notou o Primeiro-Ministro, salientando a referência que é o Grupo Altri neste domínio.
“Este é um grupo para quem a floresta tem valor é que dá valor á floresta”, acrescentou o Chefe do Governo, notando a necessidade de se aumentar a resiliência da floresta portuguesa. E para isso, ter uma fábrica como a da Caima, que conta já com mais de 135 anos, dá uma importante ajuda no sentido em que é feita também a utilização da biomassa residual. “Com a valorização da biomassa protegemos a nossa floresta”, rematou.