Grupo Altri aumenta vendas e lucros crescem para os 21,6 milhões de euros

23 mai 2024

O Grupo Altri encerrou os primeiros três meses de 2024 com um resultado líquido de 21,6 milhões de euros, um crescimento de 10% face ao mesmo período do ano passado. Esta evolução é reflexo de uma maior produção, mas também de um aumento das vendas num contexto de recuperação dos preços.


Enquanto o EBITDA atingiu os 50,0 milhões de euros, as receitas totais atingiram os 222,7 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, um valor em linha (-0,9%) com o registado no período homólogo, com o aumento dos volumes vendidos a compensar a comparação ainda desfavorável em termos de preços. As vendas ascenderam a 298,5 mil toneladas.


As vendas de fibras celulósicas saíram reforçadas, com cerca de 90% do total a ter como destino os mercados internacionais, sendo assim possível tirar partido do aumento de preços registado desde o verão do ano passado”, salienta José Soares de Pina, CEO da Altri. A tendência de subida manteve-se no primeiro trimestre, com o preço do índice PIX de pasta (BHKP) na Europa a chegar aos 1.220 dólares por tonelada.


Dinâmica positiva antecipa reforço da rentabilidade


O Grupo Altri aumentou o nível de produção nas suas três unidades em Portugal, mesmo considerando a paragem programada na unidade da Caima durante o último mês do primeiro trimestre de 2024. A produção de fibras celulósicas cresceu 15% face ao primeiro trimestre de 2023 para as 275,4 mil toneladas.


A dinâmica positiva que verificamos no mercado, tanto em termos de procura, como de preços, permite-nos olhar com maior confiança para este segundo trimestre, antecipando um reforço da rentabilidade”, nota o CEO da Altri. “É essa perspetiva positiva que nos permite apresentar a solidez financeira para prosseguir com os investimentos necessários para continuar a crescer de forma sustentável”.


Aposta na diversificação de produtos


Na prossecução de um crescimento sustentável, o Grupo Altri mantém o enfoque no desenvolvimento de vários projetos de diversificação nas várias unidades produtivas, dos quais se destaca o projeto de recuperação e valorização de ácido acético e furfural de base renovável, na Caima, com previsão de conclusão em final de 2025.


Em relação ao projeto Gama, na Galiza (Espanha), que prevê a construção de uma unidade industrial de raiz, para a produção de pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis, este encontra-se em tramitação da licença ambiental integrada, condição essencial para a tomada de decisão final de investimento.