O Grupo Altri superou pela primeira vez a fasquia dos 1.000 milhões de euros em receitas, beneficiando do elevado volume de produção de fibras, pelo crescimento das vendas, mas também pela alta dos preços nos mercados internacionais.

As receitas totais, que incluem outros rendimentos, atingiram os 1.066,2 milhões de euros, um crescimento de 34,4% face a 2021, enquanto o EBITDA atingiu os 301,4 milhões em 2022, um aumento de 32,4% face a 2021. A margem de EBITDA de 28,3% mostrou resiliência apesar da forte inflação dos diversos custos variáveis sentida durante o ano passado.

“Apesar do difícil contexto, o ano de 2022 veio reforçar os resultados operacionais, com 301,4 milhões de euros ao nível do EBITDA (+32,4%), assim como o resultado líquido (operações continuadas) que ascendeu a 152,1 milhões de euros”, nota José Soares de Pina CEO da Altri. Este resultado traduz um crescimento de 23% na comparação com 2021.

Produção reforçada com 85% das vendas no exterior

Através da Caima, Celbi e Biotek, o Grupo Altri apresentou um volume total de fibras celulósicas produzidas recorde de 1.142,6 mil toneladas, 1,5% acima do registado no ano anterior, desempenho revelador da crescente eficiência das várias unidades de produção em Portugal.

Em termos de vendas, assistiu-se a uma descida homóloga (-4%) para 1.107,6 mil toneladas no total de 2022 que é explicada pela quebra homóloga de 9% registada no último trimestre do ano devido a algum abrandamento na procura.

Grande parte das fibras celulósicas do Grupo Altri foram comercializadas nos mercados internacionais que absorveram 85% do total

Solidez financeira para agarrar oportunidades

Em 2022, o Grupo Altri continuou a investir nas suas várias unidades de produção, incluindo em projetos de manutenção, ambientais e de crescimento.

O investimento aumentou 73,5%, para 45,3 milhões de euros, mas a dívida líquida encolheu. “Apesar deste forte investimento, apresentamos uma sólida posição financeira, reduzindo o nosso já baixo nível de dívida líquida (1,1x EBITDA), o que nos permite manter a flexibilidade financeira para agarrar as oportunidades futuras da bioeconomia”, acrescenta o CEO da Altri.

José Soares de Pina salienta que o Grupo Altri “continua totalmente empenhado na avaliação de uma nova unidade industrial para a produção de fibras têxteis sustentáveis na Galiza, que inclui o estudo de impacto ambiental, de viabilidade económica, o projeto de engenharia, de estrutura de financiamento e de acesso a fundos da União Europeia”.